A Pedagogia Hospitalar no HuB |
Assistência pedagógica na pediatria do HUB ameniza processo de internação
Em um ambiente repleto de livros e brinquedos, crianças e adolescentes atendidos pelo Serviço de Pedagogia da Pediatria Clínica do Hospital Universitário de Brasília encontram um espaço para a descontração e aprendizagem. Além de ouvir, contar e ler histórias, brincar e pintar, a equipe do serviço ainda auxilia nas tarefas escolares. A iniciativa ajuda o paciente no seu regresso à escola e ameniza o processo de internação.O Serviço de Pedagogia da Pediatria Clínica funciona todos os dias de segunda a sexta-feira, nos períodos da manhã e da tarde. As atividades são realizadas na “Salinha da Recreação”, nome dado pela equipe, também conhecida como Brinquedoteca, onde são realizadas atividades educativas, recreativas e culturais, como a utilização dos materiais reciclados para criação de artesanato, brincadeiras com fantoches e festas em datas comemorativas.
De acordo com o chefe do Centro Clínico da Pediatria do HUB, João Pimentel, o projeto é importante porque “possibilita a continuidade à vida, mesmo que seja em um momento delicado”.
Estudos científicos revelam que a prática de brincadeiras, de leitura e a interação entre crianças e adolescentes no período de internação acelera a recuperação do paciente. Com base nesse entendimento, o Serviço de Pedagogia da Pediatria Clínica do HUB também atende os que não podem se ausentar do seu leito. A pedagoga Adriana Arantes, que atua na pediatria clínica do hospital, explica como funciona esta assistência.
- Eles participam, mesmo que apenas no próprio leito, por meio de leitura, músicas, teatrinho de fantoches e jogos. Segundo Adriana, esse atendimento pedagógico, nas suas diversas modalidades - brinquedoteca, oficinas ou classe hospitalar - alcança dois objetivos.
- De um lado, contribui para minimizar efeitos negativos da hospitalização, como estresse, depressão, ansiedade e até mesmo dificuldades de retorno para escola e acompanhamento de estudos durante a internação. De outro lado, estimula a socialização, criatividade, aprendizagem e o desenvolvimento e, portanto, a qualidade de vida do paciente no período de internação.
O psicólogo da Cirurgia Pediátrica e chefe da Divisão de Psicologia do HUB, Alexandre Augusto Martins Lima, também tem o mesmo entendimento sobre este assunto.
- O mundo infantil é esse, de brincadeiras e fantasia. Quando você é inserido em um ambiente estranho, mas mesmo assim tem possibilidade de brincar, acaba tendo motivação no que faz, e estando doente e em um hospital você adquire motivação para se recuperar.
Trabalho individualizado
O atendimento do Serviço de Pedagogia da Pediatria Clínica do Hospital Universitário de Brasília é realizado em crianças a partir de um mês e adolescentes até 17 anos. A pedagoga do serviço clínico destaca o trabalho individual realizado em cada paciente e o apoio da equipe multiprofissional do setor.
- As crianças e os adolescentes notam que sua presença é importante. Durante a internação, todos são chamados pelo nome e incentivados a desenvolverem suas potencialidades, afirma Adriana.
O contato da equipe de pedagogia da pediatria clinica com a escola do paciente é feito por telefone, por meio do qual o pedagogo solicita que sejam fornecidas as atividades e conteúdos que seriam trabalhados pela criança na escola, se ela não estivesse internada. Porém, essa interação não tem atingido todas as partes, segundo afirma Adriana.
- Precisamos avançar nessa parceria hospital-família-escola, pois existe dificuldade em ter acesso às atividades escolares das crianças internadas, situação que acaba prejudicando o trabalho que estamos desenvolvendo.
Quando fornecidas pela escola, as atividades escolares acontecem durante a tarde na pedagogia. Quando não fornecidas ou o aluno é de outro estado, a equipe desenvolve atividades de acordo com determinado tema, fase de escolarização ou nível de conhecimento da criança.
Notícia publicada no site da UnB. Acesse clicando aqui.
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